Uma das coisas que mais detesto no meu papel de "encarregada de educação"? As malfadadas reuniões de pais.
Tenho dito.
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6 comentários:
Cara amiga, pode crer que os professores também não gostam!
Não me refiro às necessárias trocas de impressões, que na maior parte do casos deveriam ser em privado, caso a caso, mas à gigantesca dose de trabalho burocrático (toneladas de papel) desde as convocatórias, aos relatórios, culminando nas actas...
E a eufemista e perifrástica linguagem técnica?
Dizer que o aluno "apresenta sérias dificuldades cognitivas" em vez de "burro"; "não executa com regularidade as tarefas que lhe são apresentadas" em vez de "calão"; "não acata de bom grado as determinações dos seus superiores" em vez de "mal educado" ou "tem sérios problemas em termos de assiduidade" em vez de "é um baldas"...
Além disso, muitos pais ainda estão habituados a só serem chamados à escola quando algo corre mal, como aquele agente da G.N.R. que logo a abrir a reunião diz para a directora de turma: "Pode estar descansada que o filho da p... já levou uma tareia naqueles c... que não volta a portar-se mal". Assim, pelo sim pelo não, o rapazito já tinha levado... e era uma reunião de rotina.
Mas não são os GNRs que batem primeiro e perguntam depois?
Pois é! Ninguém gosta de reuniões de pais!...
Caro Jorge,
Estas reuniões são calminhas... O meu feitio é que gosta de evitar "ajuntamentos" nos quais as mães perguntam tudo e mais alguma coisa à frente dos outros pais. São maneiras de ser.
É natural que os professores não gostem. Embora muitos pensem que a vida de professor é fácil e ligeirinha (há que saberlidar com o preconceito), é um ofício de responsabilidade e sim, também de burocracia mas acima de tudo liga-se com a dificuldade de lidar com a vida e as espectativas do aluno.
Nenhum professor devia sê-lo de forma contrariada.
Obrigada pela visita!
A minha mãe também não gosta nada!
Depende da forma como as reuniões são conduzidas. Se o professor tiver um guião e o entregar aos pais, trata-se primeiro dos assuntos prementes e depois os pais que se consideram esclarecidos saem e os que têm dúvidas e só aparecem na escola 2 vezes no ano lá ficam a "melgar" o pobre professor ou tutor. Seria importante enfatisar sempre no começo da reunião que para caso individuais existe um dia por semana em que o prof está disponível para reuniões particulares. Como mãe e professora, com este esquema, nunca tive razões de queixa. Também é importante estipular à priori uma hora para o fim da reunião. É por isso que muitos colégios estão a começar a optar por reuniões à hora de almoço. Falicita a vida aos pais e encurta substancialmente o tempo.
@Jorge Monteiro: Um professor vive para o eufemismo. Adorei o comentário.
Essa das dificuldades cognitivas é de facto extraordinária!
Uma questão delicada... Sento-me dos dois lados da situação e há de facto aspectos que não são agradáveis. Mas podem tornar-se momentos muito importantes se contribuirmos de ambos os lados para melhorar tudo. E se procurarmos intervir a sério. Uma tarefa para todos e que calha a todos. A desenvolver devagarinho por todos...para melhores resultados.
Bjs
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