30 de setembro de 2007

Always look on the bright side of life

Os Monty Python são inimitáveis, é certo. Mas são inspiradores. Muito inspiradores. Inspiraram cinco actores portugueses, que, pelo que li aqui e alí, já foram criticados de diversas formas. Eu vi, ri-me a bom rir, até às lágrimas. A prestação é boa, é acima de tudo uma homenagem à inspiração. O Miguel Guilherme, do qual sou fã (lembram-se do Gauguin a conversar com o Boticelli, num velho programa do Herman?) continua extraordinário. O José Pedro Gomes, idem, o enorme Bruno Nogueira sabe-se portar muito bem em palco, o António Feio continua do melhor e o Jorge Mourato é um piadão. Gostei muito. Prefiro os espaços de teatro tradicionais mas gostei de conhecer o Casino de Lisboa. A senhora que estava sentada ao meu lado não foi capaz de rir uma única vez. Bem aventurados os bem humorados. Always look on the bright side of life, dizem eles, o lado fixe da vida.

29 de setembro de 2007

Hoje, pequeno almoço no Chiado com uma amiga cujo convívio tem 30 anos, correspondentes à idade dela. Visita à Kiehl´s, uma loja a não perder. Cara e irresistível. Troca de presentes de anos mútuos e muito atrasados. Na despedida, tropeçamos no irmão, convívio de 31 anos, correspondentes à idade dele. Almoço no Casanova, com a excitação das crianças e a certeza de que com os anos passados e a presença da terceira geração (nós somos a segunda) permanecemos juntos e o riso continua fácil e evidente, como sempre. Junta-se outro amigo de muito tempo. Almoça-se. Segue-se a casa de um outro amigo de muito tempo, para assuntos de trabalho. Conversa-se. Conversa-se. Lancha-se em C.P (casa pais). Segue-se a vinda do pai de família, que está no trabalho, longe, e vem para casa debaixo de chuva. O próximo destino é a adaptação dos Monty Python no Casino de Lisboa. Mais um dia cheio!

28 de setembro de 2007

Sexta-feira

Manhã. Belém. Eu sentada à beira rio a ler. Tudo vazio porque são 8h20. Maravilhoso. Completamente terapêutico. Sigo a pé até ao À margem, para uma infusão de menta e verbena. Vou ao supermercado para os frescos da semana.

Tarde. Casa. Sesta de 20 minutos no sofá. O dia está mesmo bom.

Meio da tarde. Crianças. Escola. Lanche.

Fim de tarde. Arranjo de mãos em cabeleireiro sinistro de grande superfície comercial, com o mulherio todo aos gritos. Chegada a casa. A M80 toca isto, que não ouvia à vontade desde os meus 17/18 anos. Sessão de pé de dança com o mais velho, fora do carro, na garagem, com música aos gritos, felizmente sem o olhar escandalizado de um vizinho a passar.



Bom fim de semana!

Para amanhã ... a adaptação portuguesa



Monty Python, The Ministry of silly walks

27 de setembro de 2007

Começa hoje!

A Season 4 daquilo que já sabem, nos EUA.

Estou a esforçar-me por perceber porque é que os grandes conhecedores da experiência da vida, que já passaram por isto que eu ando a respirar por estes dias, me perguntam inconveniências e me fazem comentários desnecessários. Começa a ser perigoso sair para almoçar. Daqui até alí, no meu habitual momento de refeição, tropecei em 4, que me disseram as mesmas coisas. Ainda bem que pelo meio ouço palavras de incentivo, o silêncio dos amigos, a paciência e a compreensão da família e a certeza de que a vida já me presentiou com tantos maus desafios que este poderá não ser mais um. Ainda bem que pelo meio do meu trajecto trabalho - prato - trabalho, encontrei uma mãe que é um exemplo de vida, que se orgulha de mim enquanto produto final da sua sabedoria e inteligência superiores. Ainda bem que pelo meio disto, observei um "pé de gesso" onde não imaginava encontrá-lo, o que me fez pensar como é que ainda há meias brancas por aí, escondidas debaixo de fatos escuros e mocassins pretos. Ainda bem que tenho alegria dentro de mim, mesmo quando ando a respirar ares difíceis.

26 de setembro de 2007

Sobrinhos

Emprestados. Um rol que já conta com alguns. Os legítimos são 6. Os emprestados são mais do que 6 mas não muito mais que isso. Hoje lembrei-me de dois que são especiais. Um porque vem a caminho, falta muito para chegar mas lembra-me o irmão mais velho, que foi o primeiríssimo sobrinho emprestado que tive. Foi uma alegria, o seu nascimento. Uma excitação, já lá vão ... uma data de anos. Outra porque faz anos hoje e é uma força da natureza. O seu nascimento, numa fase em que já não havia para mim a emoção do primeiro, foi à sua maneira um milagre, uma alegria, um alívio. São os dois prova de uma coisa. Os nossos amigos/amigas, quando unidos a nós por uma amizade verdadeira, de certezas acicatadas e confiança quase cega, têm por vezes um percurso de vida que prevê o nosso futuro e roça o nosso passado. Isto é de uma força incrível, que se calhar poucos percebem. A verdade é que os meus amigos são, e foram sempre, um alicerce da maior importância e por isso os filhos deles vão ser sempre meus sobrinhos. Emprestados, ou não.

J´ai besoin de chance

Contrariando preocupações de teor científico, entregando-me à futilidade, decidi, não abandonando o Happy, que continua como preferência nº1, inovar no perfume. Depois de levar a senhora da perfumaria ao desespero, depois de cheirar quase todos os frascos da loja... inovei. Isto porque sou capaz de fazer uma cronologia da minha existência com cheiros. Os meus e os dos outros. Lembro-me de todos os perfumes que usou a minha mãe, o meu pai, a minha irmã (o meu irmão nunca usou perfumes na vidinha dele), há anos e anos atrás. Lembro-me de todos os que usei. Quando. Onde. Muitos foram deixados de lado porque me lembram enjoos de gravidez. Acho até que sou capaz de identificar o estado de espírito matinal do Pai só pela selecção da vasta gama olfactiva que mora na sua prateleira do wc. Hoje tive a tentação de trazer um ou outro que usei e de que gosto mas decidi que há alturas na vida em que um cheiro novo é imprescindível, nem que seja para daqui a uns tempos o identificar com esta fase e nunca mais o usar. Mas este cheirou-me bem, o francês é a minha segunda língua e eu estou a precisar de muita, muita chance. Talvez seja um bom sinal ter tropeçado nele?

Anti-idade

É mau quando chegamos à conclusão de que a pele está a mudar e começa a pedir aquelas coisas complicadas que já vêm munidas de tampas douradas (para distinguir os frascos dos meros hidratantes), com factores anti-idade e anti-gravidade. É a pele a deixar de ser lisinha e brilhante. O prazer dos 31, quase 32. Há-que de adquirir novos frascos, essa é que é essa.

25 de setembro de 2007

Lá vou eu

A BN espera por mim. Lá vou eu, esperar horas por 3 volumes, levar com a "simpatia" das funcionárias, sentar-me na maravilhosa varanda e esperar pelo som das 4 rodinhas lentas, lentas, do carrinho de transporte. Lá vou eu.

Florais Dr. Bach

É o poder da ancestral botânica...
Um combinado de essências de flores criado no século XIX pelo médico inglês Dr. Bach, que está a contrariar o meu cepticismo perante os remédios ditos naturais.

24 de setembro de 2007

Delírios e eu

Chama-se Carmen, da família Furla. Será a próxima, não sei para quando, pois que valores mais altos se levantam. Está adiada desde o Inverno passado. Em deep blue, pele lisa. Há-de ser, há-de.

Asfixia

Ainda a propósito da minha rotina matinal, tenho a certeza absoluta de que, no semáforo do Cais do Sodré, se deixasse a janela do carro aberta, ficava tão atulhada de jornalada - Metro, Meia hora, etc, etc - que ficava com o habitáculo (palavra técnica, esta...) preenchido, a ponto de só se ficar a ver um par de olhinhos. Que praga!

23 de setembro de 2007

21 de setembro de 2007

Há rotinas?

Todos os dias, às 8h10, passo no Rossio. Todos os dias. A cena repete-se de uma forma estranha: um casal está encostado a um gradeamento. Ela dá-lhe um beijo na cara. Do lado direito. Ela é loira. Ele moreno. Ele ri-se. O gesto é surpreendentemente igual, digno de uma máquina. A sensação que tenho é a de que o disco está riscado. Há rotinas, há. Aquele beijo e a minha passagem por ele. Todos os dias.

20 de setembro de 2007

18 sorrisos

Quatro da tarde. Festa. 18 crianças. Eu. Mães. Muitas mães. Eu em estado de bicho do mato que não tem vontade de conviver. Presentes. Lanche. Palhaços, 2. Lembro-me de mim, que sempre odiei palhaços. Lanche. Bolo. Presentes. 1 criança, tão bonita, tão bonita mas tão bonita... "vais ser um homem lindo de morrer, benza-te Deus", a mãe correspondente com uma das malas dos meus sonhos (para quem ainda não sabe, este bicho do mato adora malas). 2 crianças que não me largam o colo. Acham-me divertida, "és querida, és tão divertida". Divertida, eu? Extraordinário. Constantes "quero fazer xixi". Vamos. "Tome conta deles, por favor, vou com x e y à casa de banho". Os sorrisos. As gargalhadas. A inocência. O sabermos que um dia também os 18 vão saber o que custa a vida. Que bom vê-los a brincar, sem problemas, sem responsabilidades, sem conta no banco. 18. Alegres. Felizes. Respirei fundo. Ri-me sozinha. No fim, falei com mães e pais de uma simpatia aconchegante. Trouxe para casa uma filha feliz. Com presentes novos e uma alma cheia de alegria. O bicho do mato está moído. Directamente saído debaixo de 1 camião. Com a cabeça preocupada mas com a alma preenchida com 18 sorrisos.
Energia precisa-se

19 de setembro de 2007

Para mim,

muito mais do que um simples videoclip...


Tiago Bettencourt, Canção Simples.
"A primeira fase do saber,
é amar os nossos professores."

Erasmo de Roterdão

18 de setembro de 2007

Primores da Tv

Sou fã da RTP Memória.
Divirto-me a ver algumas coisas que por alí passam.
A última foi um programa chamado Jet7. E eu pergunto:
Onde pára esse primor que dá pelo nome de Cristina Caras Lindas?
Hum?

Quase quase

17 de setembro de 2007

Almoço

Lá fui almoçar, sozinha. Detesto almoçar sozinha.
Decidi nunca mais comer massa com molho de tomate tendo vestidas umas calças beiges. Nunca mais. Quando acabei de almoçar, eu e as minhas nódoas (às quais sou radicalmente sensível) resolvemos passear para fazer a digestão. E Lisboa tem destas coisas. Num jardim, um trabalhador das obras, sentado num banco, a tocar saxofone. Maravilhoso. Fiquei extasiada a ouvir e a ver. Até me esqueci das ditas nódoas.

Recomendação da S.

Muito bom.
Especialmente recomendado para se deixar levar no ritmo do trabalho.
www.musicovery.com

15 de setembro de 2007

Shopping day

Há dias assim, de consumismo acérrimo...

14 de setembro de 2007

De 3 a 4 para 1



Dos habituais 3 a 4 cafés diários, passei, há uns dias, a limitar a dose para 1. Tomado logo de manhã, vai sendo substituído, ao longo do dia por garotos claríssimos ou por cariocas de limão. Faz falta mas notam-se melhoras nos terminais nervosos. É horrível ter vícios...

Soundtrack # 6

A rúbrica soundtrack estava em atraso.
Fica Rui Veloso, uma referência de sempre.
O prometido é devido.

13 de setembro de 2007

Para hoje

1º dia de escola
1º dia de trabalho

Obrigada Cuga...

A Cuga ofereceu-me esta terapêutica, em versão portátil.
Este é de tamanho real. Resulta.

11 de setembro de 2007

Coisas...

Uma das coisas que mais detesto no meu papel de "encarregada de educação"? As malfadadas reuniões de pais.
Tenho dito.

Dois irmãos e um sofá

- Mana, faz-me festas na cabeça.
- Se queres festas, é nos pés. Na cabeça não.
- Está bem...
- Pronto, estou farta de te fazer festinhas.
- Queres que te faça a ti?
- Não, quero ver o filme.
- Obrigado, mana.

Há muito tempo,

que um livro não me sabia tão bem.
A história de Mathias e Antoine, dois franceses que vivem em Londres.

10 de setembro de 2007

9 de setembro de 2007

8 de setembro de 2007

Cruzes....

O meu sofá. Eu. Almoço despachado. Ponho-me na ronha a ver o top do que mais se compra em termos de música. Sou das que não presta contas a ninguém do que gosto de ouvir. Chacun son goût e mais nada. Ouço o que me apetece mas não duvido que o gosto português para o musicol às vezes parece suspeito.... É Toy, é Michael Carreira.... Vale ao Top a colactânea do Zeca Afonso e a Mariza, que não passa nas rádios porque o genuíno fado sofre o preconceito mas como agora pode levar o Grammy já se deve falar nela para mostrar o orgulho nacional. O número 1 do top vai para as tais Chiquititas, cujas personagens cantam com a evidente ajuda de máquinas diabólicas. Vem depois o Kizomba e os brasileiros de betão. A música é importante, diz de mim, diz de nós, diz do lado sociológico de um povo. Ó gente da minha terra....

7 de setembro de 2007

6 de setembro de 2007

Ter um blog

Isto de ter um blog tem que se lhe diga. O LA chamou aldeia à blogosfera, há uns tempos. Hoje, remeto para aqui. Leiam. O autor partilha um momento difícil e agradece as palavras que o confortaram. Chama-lhe - ao acto de ter um blog -, um acto de vaidade. Talvez. Acho acima de tudo terapêutico, porque é um espaço de partilha e de catarse. De facto, aqui há amigos, os que se conhecem e os que se conhecem mesmo nunca tendo sido vistos. Obrigada por virem cá.
Enxaqueca ...

5 de setembro de 2007

4 de setembro de 2007

A lida da casa

A meio da limpeza semanal, atendendo a quem quem trata do assunto está off, decreto, com todos os meus pulmões e a minha alma que estou de acordo com aquela maravilhosa música dos Ena Pa 2000, segundo a qual, na lida da casa não há alegria. Diz também que o Sala não sai da telefonia, coisa que, felizmente, aqui não se dá. Ouve-se Supertramp. Acabei a sala. Faltam-me os quartos e os wc. Lucky me.
Tive
... uma noite dormida com pesadelos.

3 de setembro de 2007

Nova colecção cá em casa: lápis de carvão museológicos.

O tempo a passar....

Hoje, numa Zara.

- ... gostas destes ténis? São giros....
- hum hum
- hum hum? Gostas ou não? São para os teus pés, certo?
- ó mãe, gosto.
- queres levar ou não?
- mãe, pode só esperar que eu acabe de ler aqui o que estou a ler sobre o jogo de ontem?

Nota: O jornal era o Metro, sorrateiramente retirado de um expositor. O jogo foi o do Sporting. A figura tem quase 7 anos e já me pede que espere um bocadinho, porque está a ler o jornal...

2 observações

Vi uma freira, a atravessar uma passadeira, de crocs.
Sou completamente intolerante a crianças antipáticas e deseducadas.

1 de setembro de 2007

Ainda Berardo

© http://www.sintravox.com

Valeu a visita ao núcleo Art Déco, no antigo Casino de Sintra. Boa colecção. Boa "arrumação". Bom arranjo museológico. Gostei particularmente das peças Lalique e dos exemplares publicitários. Vale a pena.

Museu Berardo. Fui e não me encheu as medidas.

Andy Warhol, Brillo, 1964.

É bem!

Mariza. A primeira portuguesa nomeada para um Grammy, vertente latina. É bem.