29 de novembro de 2007

Post muito meu

Problemas? Temos todos. Dias de neura? Temos todos. País em crise? Temos todos. Mundo de pantanas? Temos todos. Há que relativizar as coisas? Pois há. Hoje, hoje mesmo, conheço um filho que perdeu a mãe, um irmão que perdeu a irmã, amigas que perderam uma amiga. Pessoas que perderam uma referência levada pela doença que levou à morte. Sim, sim, essa que não tem mesmo solução. Temos todos dias maus? Temos, pois temos. Mas uns têm hoje um dia pior que outros. É viver enquanto se pode, é respirar enquanto houver oxigénio. E aqui fica a minha homenagem, muito minha, a quem partiu, que descanse em paz merecida e a quem fica, que tenha todo o oxigénio necessário para conseguir lidar com a violência da perda que marca o resto da vida. São dias...

Vou alí, já venho


28 de novembro de 2007

Cuguismos

Não tenho que enaltecer nem a Cuga nem o seu The rest is silence, porque entre as amizades de anos e de muita troca de ideias não são precisas muitas palavras. Mas remeto aqui para o post de hoje, uma carta ao Pai Natal, que é realmente brilhante.
Estás cada vez melhor. O que é que tomas?

27 de novembro de 2007

A propósito de Obélix

"Ils sont fous ces romains!"
Les lauriers de César

Vem aí




Leituras

Acabado o último Harry Potter, dei ontem por mim sem livro que me apetecesse ler. Quando isto acontece, pego sempre no mesmo, A Cidade e as Serras. Mas como já o li três vezes, desta vez recusei-me. Peguei n´Os Maias. Comprado, lido e assinado em 1992. Comprado para a disciplina de Português do 11º ano. Não lhe pegava desde aí. Viveu vários anos na mesma estante, mudou de casa três vezes e nunca mais tinha sido aberto. De facto, os nossos livros fazem parte de nós e dizem da nossa história. Lá estive, mergulhada no Douro, em Benfica e no "Ramalhete" das Janelas Verdes, em obras para receber o Pedro, médico formado em Coimbra, acabado de chegar da sua viagem pela Europa. Nada como respirar um clássico.

26 de novembro de 2007

Contrários

Uma reunião na Baixa leva ao Rossio. No Nicola, sob o olhar petrificado de Bocage, opto por uma sopa e uma salada de frutas, já que não encontro fome para o bife. A sopa leva-me ao sabor da infância, tem coisas a boiar. A salada faz pensar porque é que insisto em comer uma coisa de que não gosto. À esquerda, uma senhora disseca atentamente uma maçã assada, à direita, dois vizinhos ibéricos dizem mal de Portugal. "Queriam mas não é vosso, é nosso". Na saída, a Lisboa europeia com cheirinho a bas fond mostra a mistura de raças, a loja de chineses e a profissional da vida completamente drogada. E vem a Avenida, com o vento, o azul e o amarelo inigualável da luz de Lisboa. Mais acima, porque preciso de um arranjo na caneta, entro numa Mont Blanc apinhada, apesar da crise nacional. A Lisboa dos contrários.

25 de novembro de 2007

A época natalícia

Tem alguns inconvenientes. Os piores? Gente, muita gente, aos montes, a gastar dinheiro como se o amanhã não existisse e a música, a malfadada música ambiente de Natal, que se começa a entranhar nos ouvidos em Novembro. E cá estou eu com mais uma vantagem do ipod: ideal para parques infantis e também para compras em período natalílicio!


24 de novembro de 2007

Foi festa

Foi boa a festa, Turtle!
Bom ver-te alegre, contente, fresca, e rodeada de amigos e da "famila".
Thanks!!

23 de novembro de 2007

O último. Não há mais...

"Pensar que as pessoas tinham anos e anos de vida, que podiam dar-se ao luxo de perder tempo, que tinham tanto tempo que parecia arrastar-se, ao passo que ele se agarrava a cada segundo que passava."

J. K. Rowling, Harry Potter e os talismãs da morte

Cientistas e pensadores

"A vida é como uma sala de espectáculos, entra-se, vê-se e sai-se."

Pitágoras

22 de novembro de 2007

A ciência da informação

Roubei ao Pai. Muito bom. Refere a Wikipédia. Muito útil, sim senhor mas eu cá tenho muito cuidado com ela. Evito-a. Pode ser dúbia e perigosa e é proibida num trabalho científico que se queira sério e de qualidade. Continuo a preferir a maravilhosa Luso-brasileira. Jornais, sim, leio-os na internet. Quanto a livros, valem-me pelo conteúdo mas também enquanto objecto.

21 de novembro de 2007

A força de algumas palavras

E eu vou, e a luz do gládio erguido dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois, venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma.

Fernando Pessoa, Mensagem

A vida é uma ciência

A partir de hoje, o Branco & Azul sofre uma metamorfose. Muda de título. Reflexões e ideias, ao sabor do tempo e da disposição, vão procurar manter visitantes assíduos que merecem o meu esforço. Obrigada.
(O título foi escolhido de acordo com mais uma ideia da Cuga).

19 de novembro de 2007

Ida à bola

No sábado, em Leiria, família na bola, a ver a Selecção. Esta que se assina não ía à bola há anos e gostou. Faltou o "farnel" e a manta. Sim, porque o frio era mais que muito. A parte do aquecimento em campo parece uma aula de ballet. Um programa a repetir.

18 de novembro de 2007

Será que?

Alguém presta atenção (ainda) às opiniões do Professor Marcelo Rebelo de Sousa na Rtp, ao Domingo, a seguir ao Telejornal? É que hoje apercebi-me de que simplesmente deixei de o ouvir...

16 de novembro de 2007

An Apple a Day Keeps the Doctor Away

António Gedeão

Ouvi-o pela primeira vez, da boca de um grande senhor.

Numa qualquer manhã, um qualquer ser,
vindo de qualquer pai,
acorda e vai.
Vai.
Como se cumprisse um dever.

Nas incógnitas mãos transporta os nossos gestos;
nas inquietas pupilas fermenta o nosso olhar.
E em seu impessoal desejo latejam todos os restos
de quantos desejos ficaram antes por desejar.

Abre os olhos e vai.

Vai descobrir as velas dos moinhos
e as rodas que os eixos movem,
o tear que tece o linho,
a espuma roxa dos vinhos,
incêndio na face jovem.

Cego, vê, de olhos abertos.
Sozinho, a multidão vai com ele.
Bagas de instintos despertos
ressuma-lhe à flor da pele.

Vai, belo monstro.
Arranca
as florestas com os teus dentes.
Imprime na areia branca
teus voluntariosos pés incandescentes.

Vai

Segue o teu meridiano, esse,
o que divide ao meio teus hemisférios cerebrais;
o plano de barro que nunca endurece,
onde a memória da espécie
grava os sonos imortais.

Vai

Lábios húmidos do amor da manhã,
polpas de cereja.
Desdobra-te e beija
em ti mesmo a carne sã.

Vai

À tua cega passagem
a convulsão da folhagem
diz aos ecos
«tem que ser».

O mar que rola e se agita,
toda a música infinita,
tudo grita
«tem que ser».

Cerra os dentes, alma aflita.
Tudo grita
«Tem que ser».


António Gedeão, Estrela da Manhã

14 de novembro de 2007

De Espanha

Ontem ficou-se a saber que a Elena e o Jaime se separaram (ah!!!!!).
E entretanto, deixo qui esta pérola política. Do melhor.

13 de novembro de 2007

12 de novembro de 2007

Avelãs não são bolotas...

E os esquilos comem avelãs!
Bon´ap esquilo.

Mais uns dias

E lá estarei eu em Londres a lanchar scones com chá e outras coisas na maravilhosa Fortune & Mason e a tomar um pequeno almoço no Harrods. A entrar maravilhada (como sempre) no Boots e no Hamleys (que no Natal deve ser insuportável...), na Liberty e na Muji. Está quase...

11 de novembro de 2007

The lives of others

Porque há cinéfilos convictos e até profissionais, a visitar o Branco & Azul, resolvi partilhar este Lives of others, visionado ontem aqui no cine-sofá. Recuso-me, desde In the name of the father e desde Imagining Argentina, filmes entre si incomparáveis em termos de qualidade (diz esta leiga) mas absolutamente traumáticos no campo da história da tortura; a forçar o olhar e o cérebro aos horrores praticados pelo Homem em nome de sistemas, ideais e políticas. Adiante. Com o passar dos minutos, o filme foi cativando. Passa-se na Alemanha dividida e retrata a perseguição, a subversão e a política de medo vividos no lado da RDA e mostra o lado bom de um agente estatal, que salva a vida a um escritor. Talvez Rousseau tivesse razão, quando dizia que o homem nasce naturalmente bom e é corrompido pela sociedade. Talvez no meio dos regimes subversivos que pontuaram a História, houvesse criaturas puras. Talvez...

Ser figura pública

Deve ser tarefa árdua. Estava eu, pela manhã, no parque infantil, com as minhas crianças e o meu ipod a proteger-me da papa, escola, trabalhos e "olhó menino que cai" quando reparo que os poucos transeuntes adultos estavam de queixo caído a olhar para alguém. Ora eu quando vejo uma figura pública, gosto de agir como se a mesma fosse transparente e explico poquê: porque fujo ao comportamento "tuga" habital e sim, porque tenho mau feitio. Irrita-me contribuir mais para o vedetismo de quem já é vedeta. Foi então que vi uma famosa apresentadora de tv, com mãe e cria a preceito. E lá esteve, sob olhares insuportáveis. Muito mais magra do que parece, com um cabelo em muito mau estado (talvez uma máscara ou um amaciador?) e muito mais deslavada do que imaginava. Mas bonita, sem dúvida. Faça-se justiça. E com um filho igual ao pai. Fez-me impressão ver a complicação que é não poder andar na rua sem se ser um simples anónimo...
Quem era? Adivinhem...

9 de novembro de 2007

Directamente de 1973

Jesus Christ Superstar. Quando eu "cheguei", em 1975, já existia o espectáculo. O lp rodou vezes sem conta na Bang & Olufsen de mesa que havia lá em casa. Ficou registada na minha memória musical, tal como Joe Dassin, Elton John, Beethoven até ao desespero (compositor que, por acaso, até hoje não ouço...) e outros. Esta banda sonora, não sei porquê, marcou-me. Ficou-me. Talvez por isso esteja a preparar-me para ir ver a adaptação do Filipe la Féria...


8 de novembro de 2007

Haiti

Caetano e Gil, só pode dar coisa boa mas esta, que tem Caetano como autor, é das que eu mais gosto. Tem uma mensagem social fortíssima, um ritmo especial e eu tive a oportunidade única de a ouvir ao vivo, em 1998, cantada por Caetano e Pedro Abrunhosa. O Haiti não é aqui.

1 ano de Branco & Azul (já?!)

7 de novembro de 2007

Novo Potter e nova Fnac

Vem aí, dia 16 e o melhor é que já poderei adquiri-lo na nova Fnac, que vai abrir bem perto de casa. Uma perdição imprópria para as finanças...

3 kilos

Situações de stress fazem isto. Por aqui engorda quem, como eu, tem tanto cuidado com o peso a mais, o que, no caso, tem a ver com questões estéticas mas também com questões de saúde, nomeadamente de circulação sanguínea. Agora é trabalhar, com calma, para dar cabo de 3 kilos a mais. Até logo.

6 de novembro de 2007

Bravo!

Para o bem, para o mal, quer se goste, quer não se goste, o fado é embaixador. Identifica a alma, a tristeza, a saudade, a cultura e a identidade de Portugal. Eu gosto. Sempre gostei. E gosto desta voz. Gosto da figura, pela originalidade, pela aparente simplicidade e pelo aparente desapego ao habitual vedetismo de "diva", que no caso das fadistas traz muitas vezes um certo elitismo inerente. Orgulhem-se. Se quiserem.

Ossos do ofício

- Olá. Bom dia. Pediram-me para te entregar isto.
- Desculpe?
- Isto. Toma. É para ti.
- Para ti?
- Pois. Toma.
- Resposta.
- Contra resposta.

Conversa, pedagogia, conversa, paciência, tolerância, diferença de culturas. Ossos do ofício. E que ossos. E que ofício. Só quem o conhece, para falar dele...

Rio das Flores

A leitura está completa. Continuo a dar o primeiro lugar a Equador mas gostei muito. Miguel Sousa Tavares prende pela maneira como escreve - escreve bem. E Diogo Ribera Flores, em jeito de conclusão reza assim:

O mundo nunca seria, decerto, um lugar tranquilo nem a vida uma estrada sempre a direito. Haveria outras noites e outros dias de angústia e de sofrimento, ocasiões em que hesitaria no caminho a seguir, em que duvidaria de si próprio, em que talvez se voltasse a sentir até dividido ou perdido. Mas agora estava em paz e feliz.

Miguel Sousa Tavares, Rio das Flores.

5 de novembro de 2007

Faltam 25 dias...


Tintoretto (1518-1594)

Foi descoberta uma Adoração dos Magos da autoria de Tintoretto. Em Portugal!
Notícia aqui.

3 de novembro de 2007

2 de novembro de 2007

Natal?

-"A mãe sabe o que é o Natal?"
-Tenho ideia...
-"É uma oração de paz universal."
-Para toda a gente?
-"Claro, a ideia do Natal é essa."

E pronto. Há dias em que se ouvem estas coisas de uma criança de tenra idade. Logo num momento em que estava no meu excel a definir o meu orçamento para presentes de Natal. Fiquei com vontade de o reduzir logo para metade... ou menos. O consumismo, cada vez mais, toma conta do Natal.

Azulejo (I)

Para hoje

Crianças no local de emprego (uma festa), com direito a desenhos, jogos de computador, ida a outras capelinhas para os habituais "ai que grandes que estão!" e estrilho no bar. Segue-se ida ao emprego do pai, com viagem e almoço incluídos. Regresso a casa para mudanças de elevado grau na sala. Arrumações, arrumações e arrumações. Mesmo como eu gosto. E fim de semana à vista.