31 de dezembro de 2010

Vem aí mais um

E mais um acaba hoje. Amanhã começa outro.
Bom Ano!

23 de dezembro de 2010

Agitem-se

Agitem-se, peguem-se a estalo, gritem, chateiem-se, enervem-se e stressem muito porque afinal o Natal é isso mesmo. Eu cá, nos dias que antecedem a festa, gosto de estar em casa, a ler, a usufruir da companhia dos meus filhos, a adiantar trabalho e a fazer panquecas porque compro presentes em Novembro e entendo que o Natal deve ser sinónimo de paz e de família.

17 de dezembro de 2010

Figadeira

Tomar as dores de um filho é inevitável. Nem todo o exercício de racionalização impede a vontade de os defender, mesmo quando a razão não está inteiramente do lado deles. Tenho figadeira de pensar em gente mal criada que lida com crianças como se de adultos se tratassem. Ser mãe não é fácil, não poder ser omnipresente não é fácil, não mandar pessoas àquele sítio em determinadas situações não é fácil, ser civilizado não é fácil. O que é fácil é pensar que o melhor, em certas situações, é ignorar majestosamente e com educação, transeuntes da nossa existência, que o melhor que merecem é toda a força da nossa capacidade de ignorar. E servem estas palavras como tentativa de desmistificar a eventual sobrevalorização e a frustração de não poder reagir de forma coadunada com o instinto puramente humano de defesa da cria. Afinal de contas, também pode ser essa a utilização do meu blog. Se eu tivesse figadeira pós natalícia, tomava um medicamento. Como tenho figadeira psicológica, tento resolvê-la com palavras. Mesmo que isso implique, per si, dar importância a um assunto que não deve ser importante...

14 de dezembro de 2010

Um bom livro



Sinais claros da adolescência próxima:

O meu mais velho canta no carro, pede para mudar de rádio e para pôr "um bocadinho mais alto", responde torto, acha que as miúdas são uma seca (por enquanto), esparrama-se no sofá a ver televisão, deixou de suportar uma ida às compras comigo (apesar da minha rapidez), entre outros sintomas que revelam, apesar de ser tão fácil e gratificante lidar com ele, que vem aí, em força, a famigerada adolescência. Consola-me pensar que a da mais nova, por enquanto, está longe.

9 de dezembro de 2010

Viagem multicultural

Uma viagem de metro entre o Areeiro e os Anjos (evitando o Intendente que está mauzinho de todo) pode revelar uma Lisboa multicultural bem interessante. Não se percebe muito bem se estamos no Bangladesh, no Paquistão ou numa qualquer província chinesa. A coisa tem um cheirinho a Brasil mas não aparenta ter nada de África. Nós, nativos, naquele percurso, somos poucos e sentimo-nos envolvidos pelo Mundo. Pena é que aquelas estações de metro, as do Mundo, sejam dominadas pela humidade, pelo sujo, pelo escuro. Faltam-lhes limpeza, renovação e azulejos portugueses. É pena.

5 de dezembro de 2010