31 de dezembro de 2008

25 de dezembro de 2008

19 de dezembro de 2008

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Há um ano partilhei a alegria do nascimento de uma nova relação entre dois amigos meus. Ela já a conhecia há muito tempo, ou talvez menos que isso, numa amizade que se revelou cedo capaz de ter aquela capacidade de "muro" no qual despejamos e no qual são despejadas alegrias, tristezas ou o simples opinar da vida. Ele, não o conhecendo, parece-me que já o conhecia. Confesso que o nascimento da sua vida em comum, por várias razões, me encheu de alegria. Da genuína. Eles sabem disso. São daquelas pessoas que quando se juntam abrem os braços aos próximos, ou pelo menos abriram-mos a mim (a nós - todos nós) e isso vale ouro. Sentir que não somos só dela. Que somos deles. Vale ouro. É que ficamos com a certeza que venha o que vier (e já veio tanta coisa...), estamos lá. Por essas e por outras é que é uma alegria partilhar com eles a efeméride do seu Ano 1. Venham mais. Venham muitos. E que eu cá esteja para ver. Parabéns!

18 de dezembro de 2008

Não tenho,

Não tenho, em definitivo, paciência para encontros natalícios histéricos com pais aos molhos a procurar em ânsias frenéticas filhos para os quais olham todos os dias, quais macaquinhos em gaiolas. Não tenho. Bem tento comprar paciência ao quilo. Lá vou, contente (entenda-se), ver o contributo dos meus dois filhos para a causa e obviamente gosto de os ver mas não aguento o "aaaaaiiiiiiiiii que quriiiiiiiiiiiiido!", "olhe que o Natal não são só pesentes!", "olha olha, tá alííiiiiiiii", "ó mãe não me máaaace, pamordedeus". E esbracejam, e gritam e empurram e eu começo a desenvolver instintos perigosos tipo "tragam-me um bombista" ou "alguém tem gaz lacrimogénio?" E luto contra o meu preconceito de ajuntamentos de gente em frenesim com as criancinhas porque a minha calma perante o acontecimento pode ser mal entendida. Estou a imaginar "olha aquela enjoada (e fico mesmo com cara de enjoada!) não deve gostar dos filhos...". E depois, num momento de rara beleza, o meu vizinho de trás puxa de uma sandocha de queijo, amarfanha o papel alumínio e mastiga alegremente. São tão educados.... Se fosse uma bifana e uma mini já a coisa seria "um nojo, quorrrrrrore!!!!!".
Em suma, não, não sou uma má mãe, sou só um bocadinho bicho do mato anti multidões histéricas. E o Natal é um acontecimento importante no calendário católico, que deveria implicar mais calma, paz e genuíno espírito de solidariedade. E claro que os presentes fazem parte e continuo a preferi-los aos pesentes....
E já agora, Feliz Natal.

16 de dezembro de 2008

E continuo,

"O homem vive, e corrije, ajusta, edifica, e destrói, algumas vezes, a sua vida; mas, passado tempo, dá-se conta de que o todo, tal como está, por força dos erros e do acaso, é imodificável."
Sándor Márai, A herança de Eszter.

14 de dezembro de 2008

10 de dezembro de 2008

O filme



Há quem diga que não há bons jovens actores em Portugal. É mentira. Veja-se a Sandra Barata Belo, o António Pedro Cerveira, o André Maia ou a Carla Chambel em Amália. Pudessem fazer mais cinema e menos novelas e já não se diria que não há bons (e muito bons) jovens actores em Portugal. Amália vale a pena. O problema é que todos os portugueses de sucesso, que levaram para fora o que está cá dentro, sofrem do mesmo problema: despertam ódio ou amor. Não têm meio termo. E assim, com este filme, se mostra a vida de uma mulher normal que deu incondicional e indiscutivelmente à cultura portuguesa. Goste-se ou não.

4 de dezembro de 2008

Vantagens da capacidade de encaixe

O meu fim de semana no Porto foi por água abaixo. A mais nova foi atacada de sintomas de virose e resolveu-se que não estará amanhã, dadas as condições meteorológicas, nas condições ideais para passeios a pé na Invicta. Reuniu-se conselho para dar a notícia. Não se chorou, não se reclamou. Deu-se aquilo a que se chama capacidade de encaixe. Não vamos mas fica para a próxima e entretanto aprendi mais qualquer coisa a propósito da capacidade de encaixe!

1 de dezembro de 2008

Saudosismos

Alguém se lembra de ir ao cinema sem figuras a assaltar com todos os dedos da mão baldes de pipocas e a devorá-las em frenesim com a boca aberta, casais a pôr em dia a conversa da semana, telefones a tocar e quartetos de amigos a discutir o filme em visionamento? Eu lembro-me e tenho saudades desse tempo!