17 de dezembro de 2007

Amigos

Sou dada aos meus amigos. Preciso deles. Dedico-me a eles. Fui sempre assim. Sempre. Não é de hoje, não é de ontem, é desde que me lembro de ser gente. Durante muitos anos foram muito poucos. Depois, foram chegando e trouxeram uma adolescência feliz, sem sobressaltos. Nas horas difíceis, e nas muito difíceis, trouxeram a pedra, o cal e lá estiveram, estoicamente, a respirar comigo. São muitos e orgulho-me de ter a capacidade de receber sempre os novos, que aparecem de onde não se espera. Tenho-os de infância, dos irmãos, da Faculdade, de emprego (do "sofrimento"). Tomo-lhes as dores, irrito-me com eles, resolvo, qual bombeiro, situações para as quais não deveria ser chamada. E vou, porque devo ir, porque é essa a minha obrigação. Desiludo-me com eles e eles desiludem-se comigo. Mas orgulho-me de ser uma boa amiga. "Há gente que fica na história, na história da gente e outros de quem nem o nome lembramos ouvir", reza a Chuva na voz da Mariza. E eu concordo porque os meus amigos são muita da minha história. E depois aparecem surpresas em jantares paquistaneses, como o que aconteceu no passado sábado, onde me sinto em casa, com pessoas que não conhecendo, já conheço. Abrem os braços e adoptam-me. E são adoptados.
A imagem não consta porque vai contra a minha política "blogueira" mas fica o registo de mais um encontro com os meus amigos. Para o mês que vem, o encontro será indiano.

3 comentários:

n©n disse...

:-)

Ana disse...

Ainda ontem falei no meu blog sobre pessoas/amigos...

Anónimo disse...

Excelente descrição! Cá por casa o sentimento foi o mesmo.

Célia