Pronto. Sou sensível a esta coisa do julgamento fácil e público. Aquele que é desprovido dos dois lados de uma história. Hoje recebi um email que circula, sem dó nem piedade, sobre a história de uma filha de uma figura pública (das que de algum modo contribuiram para a história do país, não das que vão a festas e que matam maridos) que tirou um curso não sei de quê e foi trabalhar não sei onde por razões de filiação. Sou sensível a isto. Porque só se fica a conhecer um lado da história. Porque neste país pequeno, em dimensão e em mentalidade, somos poucos, donde se torna natural que muitos sejam filhos de gente que toda a gente conhece. Porque, repito, não se sabe o que diz do assunto a "filha do senhor que te o azar ou a sorte de ser publicamente conhecido" e porque, principalmente, como diz Carlos Luiz Zafón, "quem não tem vida própria, critica a dos outros". Critique-se, talvez até com alguma razão mas olhe-se antes para a própria vida, para os próprios podres, pese-se a inveja e deite-se fora a soberba. Porque se calhar a dita senhora é boa no que faz e orgulha-se do seu nome. E com isso é que muita gente não pode.
5 de junho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Bem dito !
Beijocas Ouriço
Pois! Concordo em absoluto com a tua análise!
Enviar um comentário