4 de março de 2010

O grito da independência

Chega a dada altura, na vida de uma mãe como eu, o dia em que a criança mais velha dá o grito da independência, qual D. Pedro nas margens do Ipiranga. O mesmo pode expressar-se numa ida ao estrangeiro (no país vizinho, é certo mas que não deixa de ser estrangeiro) para a realização de um torneio desportivo. O primeiro passo é dizer que sim, que pode ir, o segundo passo é fechar os olhos e dar o cartão multibanco para fazer o pagamento, o terceiro passo é assumir perante o treinador que se está em nervos com o assunto, o quarto passo é realizar que isso explica a dificuldade em adormecer e as dores de cabeça que me atacam os últimos dias. Chama-se preocupação e é preciso saber-se viver com ela. Há coisas piores, pois há, muito piores. Sei disso muito bem mas não deixa de ser complicado vê-los crescer e ganhar ritmo de independência. Posto isto, vou-me fazer a uma aspirina para ver se a coisa (entenda-se a minha dor de cabeça e a minha dor de preocupação) melhora.

1 comentário:

Ana disse...

Como eu te entendo...bjos