O bom senso e a simplicidade são valores ancestrais. Aplicam-se a muitas coisas e deviam-se aplicar a mais ainda. O meu sentido crítico por exemplo, tem bom senso mas nem sempre apresenta simplicidade. Por isso e pelo meu bom senso, estou muitas vezes calada. Por isso e pelo meu bom senso, perante certos espectáculos de falta de bom senso, evito deixar cair o queixo e como tenho muito humor, evito gargalhar. Às vezes com pena. Ora muitas vezes à ausência de bom senso e de simplicidade junta-se a falta de gosto. E essa tem de ser respeitada, como tudo na vida mas eu cá reservo-me o direito de tolerar mal esta junção de três factores. Os três juntos podem revelar-se tristemente sinistros. Faço esta reflexão porque estive recentemente numa cerimónia matinal (note-se: matinal) mas que não era um casamento (nem nada que se parecesse), na qual vi desfilar brilhos, dourados, saias demasiado curtas, cetins, tecidos em pandan, "écharpes" (maldita invenção - como se uma "écharpe" resolvesse alguma coisa...). Um horror a fazer lembrar a importância da simplicidade. Só a simplicidade. Faltam boas referências , as sociais e as familiares. Essas que nem mil livros da treta sobre etiqueta e "savoir faire" podem colmatar. Falta bom senso. Falta simplicidade. Falta a bonita noção das coisas. E esta sim, aplica-se a muitas coisas do momento que todos vivemos.
22 de junho de 2010
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