A importância de dividir

Há dias em que um cidadão, mesmo que não queira ser moralista, tem de o ser. Num Mundo onde mães matam filhos a seu bel prazer, hoje, aqui em casa, aconteceu uma coisa fabulosa. Eles são dois, têm defeitos e qualidades, como toda a gente, como todas as crianças, mas foram habituados desde que existem, a dar, a dividir o que é seu, com quem mais precisa. Essa característica foi incutida e recebida com naturalidade. Dá-se aquele brinquedo do qual se gosta e por isso prescinde-se. Não se "despacha" o brinquedo estragado. Antes do Natal, a escola solicitou brinquedos para a Guiné, para um conjunto de crianças que vivem num hospital sem quaisquer condições, não sei o nome nem a localidade mas sei que uma das mães daquela escola viu uma reportagem na Sic e resolveu fazer alguma coisa para ajudar. Bem haja! O resultado é que hoje, no telejornal da mesma estação, pude ver as mesmas crianças, felizes com a chegada de caixotes cheios de brinquedos e livros. Foi com grande alegria que chamei os meus filhos, para que vissem o resultado do seu pequeno contributo. Tal como os meninos da Guiné, também os meus sorriram, com naturalidade.