Um restaurante não pensado para turistas, com decoração a preceito e uma chefe meia malásia, meia irlandesa, dedicada à cozinha de fusão, resultou num pão de cebola delicioso, com manteiga sem sal (mesmo como eu gosto), umas entradas muito boas, um maigret de canard com sabor ao cheiro do mar misturado com a areia e o protector solar, ou seja, um pato com o sabor do cheiro da minha toalha de praia - acredite-se ou não, a sensação é essa, o sabor a remeter para a memória olfactiva (se me contassem eu também duvidava) -, indescritivelmente bom, e para acabar um cheesecake de chocolate branco com molho de maracujá, do outro mundo (principalmente para quem, como eu, não é fanático por cheesecake). Em resumo, numa ida a Praga, contactar o Branco & Azul para outros esclarecimentos adicionais.
5 de março de 2008
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11 comentários:
uau! vidas...
é tudo o que me ocorre dizer.
;))
Inveja.
(é a única palavra que me ocorre)
a inveja é uma doença muito feia e a arrogância também.
Pronto, é só um pato e um cheesecake.
Digo eu.
Caro Ouriço,
é bonito, é. É bonito, é sim, ser apreciado desta forma.
Cumprimentos
Assina: O Pato (vaidoso)
Já tinha escrito post mas não gravou...vamos a ver é desta.
Pato dispenso, já o cheesecake.....e tb faço um delicioso ( modesta a moça,não?LOLOL).....foram a uma cervejaria perto do edifício da Ópera? Mto bom!Beijinhos
Hum e o que se bebeu a acompanhar esse pato?
Foi mesmo uma viagem e pêras está visto.
beijocas
No fundo, no fundo, Roland Barthes tinha razão: as memórias de infância são as que perduram.
O segredo da refeição, à parte o valor gastronómico, residiu nesse doce revisitar de longínquos dias de verão de que a toalha de praia e oprotectoe solar são vivos testemunhos...
Como a sopa da avó, o cheiro das velhas estações de caminho de ferro, dos livros escolares novos acabados de vir da papelaria, dos sorvetes comprados aos senhores que se deslocavam em ruidosos, infelizmente já desaparecidos, tractores, do cheiro da matinal terra rural após noite chuvosa...
Tudo sombras das nossas infâncias, por vezes despertadas por acontecimentos singulares, que mais do que nos reavivar tempos em que fomos descompromissadamente felizes, nos deixa soturnos e melancólicos por não nos ser possível passar essa venerada herança às sociedades vindouras.
Sabem lá eles o que é um sorvete devorado no final de tarde de um domingo, com uma telefonia por fundo a relatar mais uma cabazada da selecção das quinas de hóquei em patins no torneio internacional de Montreux?
Às vezes é preciso ir longe, para descobrir como ainda estamos tão perto.
Ainda bem que se divertiram, espero que o nosso jantar "indiano" de sábado também nos permita evocar "bhartesianas" memórias dos idos tempos do bibe, sandálias e panamá...
Está feito: vou de bibe e panamá.
Só tu para utilizares a palavra panamá, da qual já nem me lembrava.
Grande Roland Barthes, tenho de o reler...
Roland Barthes......lembra-me tempos de faculdade.....a cadeira era tão mas tão chatinha.....e a professora....meu Deus. Beijinhos
Aproveitem que acabei a noite passada de entregar ao amigo Tio Jorge, o nosso distribuidor, fotocópias do livro de Roland Barthes sobre os mitos.
Assim, Tio Jorge, o pai Miguel, a Áurea, a Sara, a Patrícia e o resto da turma vão ter de o ler obrigatoriamente para a cadeira de Semiótica...
Os restantes membros da confraria podem aproveitar a boleia...
E Umberto Eco? Com o Senhor Sigma às voltas, "semioticamente", em Paris...
Be my guests...
PS- Antes um panamá na "mona" que umas crocs nos "penantes"...
PS 2- Porque será que me lembrei, agora, assim de repente, da D.Luísa de Gusmão?
Terá sido pela sua célebre frase "Antes ser raínha uma hora que duquesa toda a vida"?
A estrutura frásica é análoga, assaz semelhante, coisas de escrita "criativa"...
PS 3 - Por falar em frases célebres, de conteúdo profundamente melodramático.
Será que o correspondente lusitano ao "papagaiado" skakespereano "To be or not to be? That is the question?" é o trecho "Quem és tu?" do "garrettiano" Frei Luís de Sousa" e a sua curta, mas profunda réplica, "Ninguém"?
PS 4- Por falar em papagaios. Que raio terá feito o Jorge Nuno Pinto da Costa ao papagaio da Carolina Salgado para o bicho ficar mudo de repente?
Vão citá-lo para testemunha do processo que corre no tribunal? Teremos em Portugal técnicos especialiczados em linguagem gestual para papagaios ou têm de vir do estrangeiro, como os cães pisteiros ingleses no caso da pequena Maddie?
PS 5- Idéia para uma rúbrica no programa "Contacto": uma dupla Tino de Rans & Pinto da Costa, uma vez por semana, actuando, entre o José Malhoa e a Rute Marlene.
Perguntam vocês a fazer o quê?
Pois bem, eu explico:o Pintinho a silenciar papagaios, pois então, e o Tino a hipnotizar galinhas, arte pelo próprio revelada na "Quinta das Barbaridades"...
E como não há duas sem três... juntem-lhe o "Emplastro"... assim só para encher o ecrâ.
PS 6- O "Emplastro" ganhou uma dentadura nova. Terá ido ao Dr. Stanley? ou ao "Doutor, preciso de ajuda!"
Até sábado!
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