Diga-se que nunca gostei de cozinhar mas tenho algum prazer na confecção de sobremesas. A minha amiga Ana Catarina trouxe-me, numa troca de mimos, uma receita, um bolo e um upgrade na minha vontade de fazer bolos, bem como uma excelente recomendação blogueira relacionada com a arte de cozinhar. A partir daí, todo um mundo de blogues de mães de família dedicadas freneticamente à culinária se abriu aos meus olhos e trouxe-me à lembrança o fenómeno "molotoff".
Tive sempre uma péssima reacção ao dito. É feio, besuntado, foleiro e ainda por cima aparece invariavelmente depositado num trambolho branco de plástico que o ampara, não o deixando perder o "molhinho" acastanhado e insípido. Ora como sou portuguesa de gema, das que gostam de ouvir o Fado que é Fado, em cuja estante de livros mora um galo de Barcelos, das que aperciam a filigrana (haviam de ver o coração em filigrana da minha amiga Sofia...), das que gostam da aletria cortada com faca, das que repiram fundo perante uma encharcada de ovos, das que gostam de vinho do Porto, do majerico, da sardinha assada, da queijada de Sintra, do bolo de mel da Madeira e de tantas outras coisas que fazem deste canto à beira mar plantado uma maravilha da existência, não percebo, não percebo mesmo, o porquê da psicose do "molotoff". Pratiquem até a mousse de chocolate das caseiras "de pacote", desenvolvam o Abade de Priscos, trabalhem o Flan (que, a propósito, se faz sem leite condensado), dêem preferência ao leite creme mas por favor larguem o "molotoff".
E já agora, se a ideia é aproveitar as claras, façam bolos com elas. Ficam maravilhosos e vão bem com o cafézinho.
Tive sempre uma péssima reacção ao dito. É feio, besuntado, foleiro e ainda por cima aparece invariavelmente depositado num trambolho branco de plástico que o ampara, não o deixando perder o "molhinho" acastanhado e insípido. Ora como sou portuguesa de gema, das que gostam de ouvir o Fado que é Fado, em cuja estante de livros mora um galo de Barcelos, das que aperciam a filigrana (haviam de ver o coração em filigrana da minha amiga Sofia...), das que gostam da aletria cortada com faca, das que repiram fundo perante uma encharcada de ovos, das que gostam de vinho do Porto, do majerico, da sardinha assada, da queijada de Sintra, do bolo de mel da Madeira e de tantas outras coisas que fazem deste canto à beira mar plantado uma maravilha da existência, não percebo, não percebo mesmo, o porquê da psicose do "molotoff". Pratiquem até a mousse de chocolate das caseiras "de pacote", desenvolvam o Abade de Priscos, trabalhem o Flan (que, a propósito, se faz sem leite condensado), dêem preferência ao leite creme mas por favor larguem o "molotoff".
E já agora, se a ideia é aproveitar as claras, façam bolos com elas. Ficam maravilhosos e vão bem com o cafézinho.
7 comentários:
LoL
Não me faço de rogada, desde que seja doce, marcha tudo. Ah e desde que não seja eu a fazer. Tem outro sabor!!
Beijocas
Só uma pequena questão.
Aqui há tempos, li qualquer coisa sobre o verdadeiro nome do dito pudim que seria, em homenagem ao cozinheiro russo que o teria criado, "Malakof"...
Creio que a grafia é esta...
E que "Molotov" seria uma apropriação, devido ao termo "Cocktail Molotov" estar mais na ordem do dia...
Assim como no sul do país chamarem "Pinochet" à popular bebida francesa "Panaché"...
Será assim, ou o autor do artigo onde li isto, aqui há tempos, estava errado ou a gozar com os leitores?
Eu gosto molotoff confesso mas se for numa de aproveitar as claras prefiro a boa da tão Portuguesa Farófia....hum.....polvilhadas com canela....que delícia....fizeste o bolo? Beijinhos
100% de acordo. Abaixo o Molotoff. E acima - muito acima - as magníficas farófias, talvez o meu doce preferido, ao lado do arroz doce, cheio de canela a desenhar corações e, nos aniversários, o nome do festejado em caprichosa caligrafia. E a merecer uma menção especialmente carinhosa, os pasteis de Belém, claro!
Calem-se por favor com essas descrições, que tenho diabetes!
Que tortura!
Que malvadez!
Essa enumeração é perversa!
Aletria?
Arroz doce?
Bolo de mel?
Pudim abade de Priscos, com aquela banha toda?
Hummmm
Por favor, não falem sequer de Molotoff!
Beijos (doces).
E os pasteis de Belém, Senhor, por que lhes dás tal sabor?
Os pasteis de Belém!!!
(Pode parecer que vivo angustiado pela falta de doces, não é verdade! Lá vou petiscando alguma coisa, contra a prescrição médica. Mas mais vale um gosto no boca do que não sei o quê, de que não fala o diatdo!)
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