Ele há coisas do diabo. A espécie "português" esta cada vez mais idiota. Numa ida à natação com as crianças (e sim, eu detesto ir à natação com as crianças, pela humidade, pelo calor, pelas mãezinhas e a partir de hoje pelas próprias crianças), deparo com tanta pateguice que espanta. Senão, vejamos. Um família, composta por "vóvó" (que aquilo nem é digno da palavra avó), um "vôvô" e uma "fofinha" de 3 anos. Ora tanto gritou "vóvó", "gugu", "gaga" ou "ó morzinho anda cá coisa rica da vóvó" (estão a ver? "vóvó") que tive de me deslocar para longe e pela saúde dos meus tímpanos. Uma dupla de crianças resolveu insistir em brincar com a minha mais nova e ela por acaso sem vontade. E pior, uma colega de escola da minha referida criança a fazer uma birra porque a "estúpida da empregada", nas suas superiores palavras de insignificantes 5 anos, não trouxe outra roupa para ela vestir. "Vai já que eu estou a mandar!". E eu a pensar "ai que grande chapada que tu levavas". A minha limitou-se a pasmar, já que, julgo eu, nunca tinha visto nada parecido. Vantagens da ida à natação? Fui ao talho e pela primeira vez em 10 anos de casada, descobri o comércio de carne da minha existência, com pessoas simpáticas e educadas a atender o cliente. Na chegada, um brasileiro de bem com a vida, apesar de ter um curso superior e estar atrás de um balcão a aturar a idiotice dos frequentadores do dito ginásio, simpaticamente fez o favor de guardar a minha carne no frio. À saída, uma abécula num smart, "giríssssssssima", "incomodadinha" por não ter passado numa passagem estreita primeiro que eu. Lá estou eu com o meu mau feitio a não parar para deixar passar pessoas importantes e a achar que é no bom aspecto das pessoas que deveria estar algum civismo. Qual quê! Os meus amigos educados do talho ganharam hoje uma cliente. Merecem. Quanto à idiotice, essa, está em todo o lado e a boa educação e a "normalidade" são um bem precioso, a ser cada vez mais valorizado com a crise. É que não se vende e não se compra. Ou se tem, ou nada feito.
12 de março de 2009
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7 comentários:
Detesto estar em ambientes desses, com gritinhos e murmurinhos e nhinhinhos e todo esse barulhinho que me incomoda ao ponto não me conseguir concentrar sequer para pensar que me apetece comer, por exemplo.
Por vezes só me apetece correr tudo à chapada. Sabes quando trabalhava na BB isso era o prato do dia.. Com diferença no texto: Querida olhe para a vóvó.. tão bem que lhe fica essa bandolete..E esse brinco..Olhe para a vóvó e experimente esta pulseira..tão bonita..Olhe deixe ver outra vez a bandolete..
E com isto passavam-se 2 horas e elas ainda às voltas pela loja, já tontas de certeza, e eu com um ataque de nervos com tanto agudo.
é que não ha paciência que resista..
Continuo, há muito anos, fã incondicional daquele francês, um certo Chateâubriand, sangrante ou perto, com a sua amiga Mme. La Béarnaise, mas também continuo infelizmente abstinente. Pela mais absoluta falta de oferta.
Que arda a lógica de mercado. Dêem-me o que eu quero, que eu pago. Até certo ponto.
Hmmm. Já agora (em Inglês diz-se BTW), nunca mais comemos carne comprada em Lisboa. Ah-ah.
Eh pá, tu és cá das minhas!
Caríssimo Baco, definitivamente, é aí que se está bem.
Eu por aqui, aguardo visita para uma ida à bica.
Suspiro e eu, o que se passa é que no vosso maravilhoso Porto, talvez pela influência celta, o povo é mais genuíno. Há depois o factor da comida, que deve ajudar. Já as "girísssimas", são iguais, não é?
Ouriço:
O problema é que o povo já não é tão genuíno. E as "giríssimas", sim, abundam e são sempre "giríssimas"!
Eu fico pelo suspiro, que farta de gente parva e com falta de civismo ando eu.
Haja paciência!!!!!
Beijocas
Ó João, filho, sai do chão! Ó João, filho, sai do chão!
(sim, eu levo com os da natação e os da escola de música e sim, acho mesmo que 80% das pessoas com quem me cruzo são, como dizer... ignorantes, sem uma noção remota de cidadania e boa educação.
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