26 de março de 2009

Porque é que há dias difíceis

Chega uma altura da vida em que começamos a ter que dizer adeus aos que partem. Também eles se organizam em tipologias. Há-os que vão e nos levam um bocado, há-os que vão e nos deixam profundamente tristes, há-os que vão e ficamos com pena que tenham ido, há-os que vão e pronto.
Quando os que vão fizeram parte da nossa vida, contribuindo para a nossa felicidade, para o nosso crescimento e para a nossa formação, a tristeza é profunda porque vamos ter saudades daquela pessoa, vai fazer-nos falta. Acrescenta-se o problema de ver os seus sofrer da dor dilacerante. E então, o sentimento de profunda amizade, daquela que nada consegue contestar e que nem todas as tempestades da vida conseguem derrubar, faz com que queiramos partilhar essa dor, para que dela eles fiquem aliviados. Talvez isso explique dias difíceis como estes. É que à tristeza junta-se o facto de doer como lhes dói a eles. É a osmose da amizade. Por isso é que há dias mais difíceis que outros e por isso é que dizer adeus custa tanto.

3 comentários:

Ana disse...

Nem mais...por aqui passa-se um pouco assim...amigos que sofrem por um filho e nós não conseguimos evitar essa dor. beijinhos

Suspiro do Norte disse...

Infelizmente tens razão.
Há dias muito muito dificeis, onde vamos buscar força não sei onde.

beijinhos

Anónimo disse...

(...)And what is it to cease breathing but to free the breath from its restless tides, that it may rise and expand and seek God unencumbered? (Kahil Gibran)

May you find peace in your heart.