11 de fevereiro de 2010

BN

Ninguém me encomendou uma ode à Biblioteca Nacional mas parece-me a mim importante fazer o elogio de uma coisa que funciona. Eu conheço a BN há bons anos. O segurança é simpático (na maioria dos casos), o multibanco tem dinheiro, há uma máquina de troco, o estacionamento tem um preço simpático, o sistema automático de requisição é eficaz e rápido, as casas de banho são limpas, o café é óptimo, o senhor das fotocópias é eficiente, a varanda das cadeiras de verga (que infelizmente já não tem vista para a relva porque o edifício está a ser aumentado) é grande e arejada, servindo de "fumoir" e de atendedor-de-telefones e outros afazeres. A BN tem silêncio apesar dos teclados a funcionar, tem gente a trabalhar em nome as suas investigações que levam ao saber, seja ele qual for, tem livraria e melhorou muito nos últimos tempos. E numa altura de pessimismo, em que tudo vai mal e tudo funciona tristemente eu hoje venho aqui enaltecer um dos meus sítios preferidos em Lisboa, porque o exercício do elogio é cada vez mais raro. E porque sim.

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