A viagem é tão árdua que mal dei pelo cabo. Passou, cheio de tempestade. O físico foi mais afoito que eu. Havia barulho, gritaria, um mar agitado. O monstro não é imaginação literária do tempo da nau. Existe e tem força. Gostava de o ter visto mais fraco mas não foi possível. Olhei-o contudo nos olhos, não lhe quis mostrar fraqueza. Medo tenho. Fraqueza não posso ter. Tenho a mesma fé do físico, na ciência e nas pessoas. Muito mais do que no Deus que afinal é o mote moral destas viagens que espalham a fé de Portugal até ao Oriente. Mas mais uma vez, a minha incursão é diferente da deles, até nisso. O cabo passou. O monstro existe, a viagem continua.
19 de janeiro de 2013
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