24 de fevereiro de 2009

Atitudes anti-consumismo,

É namorar uma MUU maravilhosa de 310 euros e comprar uma ZARA por 39. Não deve haver nada que me dê mais prazer do que uma boa carteira. Adoro carteiras. Estou-me nas tintas para roupa de marca e para sapatos de preços escandalosos. Eu é mais Furla e afins. Só que nos tempos que correm, dá-me gozo gastar só 39 euros, apesar de saber que aquilo vai durar um ano, ou menos, quando as minhas se mantêm anos a fio...


Não era esta. No entanto serve a informação para que se saiba que esta é a MUU clássica. É espreitar em www.muu.com.pt




18 de fevereiro de 2009

13 de fevereiro de 2009

Escrever

Escrever, para quem gosta de o fazer, tem um quê de sagrado. Mesmo para quem escreve por obrigações de profissão. Eu por exemplo gosto de escrever porque sim. Tenho que me fechar em mim para escrever, isto cientificamente falando. Enquanto escrevo respiro fundo muitas vezes, como se das entranhas profundas pudessem sair orientações para a inspiração. Isto porque quando se escreve pela obrigação profissional, em algumas alturas do percurso escreve-se muito, durante muito tempo, arrumam-se ideias nas palavras arquivadas em capítulos que obedecem ao rigor de um índice que nos martela a cabeça durante muito tempo. Escrever, para mim, não implica grandes e profundas reflexões intimistas ou filosóficas. É escrever de assuntos que me dizem, para que outros leiam, se precisarem. Tudo isto porque tenho vindo a descobrir que perdi a vontade de escrever mas a obrigação trouxe de volta o tal quê de sagrado. Afinal ainda gosto de escrever. Por gosto, tentando por de lado a obrigação.

5 de fevereiro de 2009

Da boa disposição em tempo de crise

A Exma. Senhora Professora Doutora Crise tem como principal mérito o factor medo. Andamos todos com medo. Ela licenciou-se, fez mestrado e doutoramento em desemprego e crise social. Está quase a receber o honoris causa pelo pânico que transmite. Ninguém lhe quer dar os parabéns e também ninguém lhe quer pagar um copo mas ela anda em todo o lado e vivemos com ela. E temos medo. Medo de perder o emprego, medo de não ter como pagar as contas, medo uns dos outros, medo do futuro dos nossos filhos. Como vivemos com ela, andamos todos trombudos, coisa que, aliada à saudade e ao fado que moram na nossa massa genética lusitana, se vai transformando, petit a petit, num suplício. No meio disto, surgem no nosso dia a dia verdadeiras pérolas. Ontem fui comprar uma revista a um quiosque e fui recebida com tamanha dose de amabilidade, humor e boa disposição, que fiquei contagiada. Hoje, numa marcação para as 9h00, a pessoa que me ia atender apareceu 20 minutos atrasada e achou que eu a ia matar. Ficou tão feliz por eu lhe ter dito que descansasse porque imprevistos aconteciam a toda a gente, que se agarrou a mim e me deu dois beijinhos. Donde se prova que a boa disposição deve ser posta em prática no dia a dia como se de um ansiolítico se tratasse. Pelo menos enquanto houver esperança. É que a vida é curta e tem de ser vivida com alegria. Desentrombe-se! Pode ser que a Senhora Professora fique um bocadinho menos orgulhosa dos seu tão célebre curriculum...